7 vezes clarice, é uma pesquisa de ordem dramática e intimista das obras da escritora Clarice Lispector. Uma viagem que explora as nossas parecências e nossas dúvidas, nossos desencantos, nossas perdas, nossas loucuras vistas de um ângulo 'claricendo'...
As obras de pesquisa deste trabalho como "A Legiao Estrangeira", "A Hora da Estrela", "Uma Aprendizagem" ou "O Livro dos Prazeres", "Um Sopro de Vida" (Pulsações) estarão vivas nestes fragmentos da escritora.Um ligação forte, íntima acontece nesta pesquisa...
Um trabalho que revela paixões, segredos e loucuras ditas a 4 bocas para muitos ouvidos desejosos de Clarice.
Karine Capiotti Atriz e idealizadora do projeto
Serviço:
Dias 02, 03, 04, 09, 10,11 de outubro (sextas, sábados e domingos) às 19h
Dias 16 e 17 de outubro (sexta e sábado) às 21hs
Dias 24 e 25 de outubro (sábado e domingo) às 21hs - ùltimo final de semana!!!
Sala 505 da Usina do Gasômetro
Ingressos: R$ 5,00
Direção: Grupo de Atores Tolérance Cenário: Jony Pereira Produção: Todo Mundo Pop
Nesta sexta-feira - 25/set - tem Som Brasil em homenagem à um dos maiores ídolos do rock nacional e também um de nossos maiores poetas Renato Russo.
Jay Vaquer participará desta homenagem ao lado de Zélia Duncan, Leila Pinheiro e Mop Top, interpretando “Pais e Filhos”, “Monte Castelo” e “Será”.
- Sempre gostei do trabalho dele. Ele faz parte, definitivamente, das minhas influências musicais. Nunca tinha cantado músicas do Renato nos meus shows porque eu tenho essa característica de apresentar músicas 100% próprias. Mas eu e a banda curtimos tanto os arranjos que surgiu a ideia de tocar, a partir de agora, uma dessas três músicas nos nossos shows. A gente conseguiu imprimir uma digital do nosso trabalho nesses arranjos novos que fizemos das músicas do Renato e da Legião. - Diz Jay
O Som Brasil Renato Russo vai ao ar nesta sexta dia 25 na Rede Globo logo após o Programa do Jô.
O músico gaúcho Yanto Laitano lança seu novo single:
"Eu Não Sou Daqui"
Yanto faz um rock que é tocado por um power trio de piano, baixo e bateria. Influenciado por Mutantes, Arnaldo Baptista, Charly Garcia e Fito Páez, Yanto inova ao fazer um rock sem guitarras que soa agradavelmente pop.
Seu primeiro sucesso, a música "Meu Amor", esteve na lista de mais tocadas em muitas rádios do sul do país. Além de seu trabalho solo Yanto também é diretor musical do Circo Teatro Girassol.
O grupo de Atores Tolérance junto com o Projeto Tradisons, também da Usina das Artes, apresenta o Sarau Tradisons com um pocket de performances de sarau-teatro apresentadas em pub's de Porto Alegre.
Com textos de Caio Fernando Abreu, Fernando Pessoa, Elisa Lucinda, Fabrício Carpinejar e, claro, Clarice Lispector.
O Sarau acontece dia 24 de setembro, as 19:30hs na sala 505 da Usina do Gasômetro.
De volta a Porto Alegre, a revelação da música latina.
Com a música pop temperada no jazz, Pimenta Buena faz show nesta sexta-feira, dia 21 no Café da Oca, em uma noite temática, com todo o contexto afrodisíaco da sonoridade e estética banda. A programação começa as 21:30 com cachacinha de pimenta cortesia e uma exposição de fotos no clima dessa noite latina. O Café da Oca fica na João Telles, 512 - Bom Fim Informações pelos fones: 51 9256 3675 ou 9717 5733 Mais sobre Pimenta Buena no http://www.pimentabuena.com/
No dia 20 de Julho, Caio Fernando Abreu entra na roda de Clarice Lispector e será o tema do segundo sarau temático no Café da Oca.
Desta vez os grupo de atores do espetáculo em construção "7 Vezes Clarice" cai nas graças de Caio Fernando Abreu e apresenta suas performances com textos do autor. Esse evento terá ainda a participação lítero-musical de Kika Simone e Bibiana Carvalho.
No ultimo 29 de junho aconteceu o primeiro sarau temático, que abre as segundas literárias no Café da Oca, organizado pelo Todo Mundo Pop e o grupo de atores do espetáculo em construção "7 Vezes Clarice".
Neste primeiro sarau participaram Cláudia Canedo, Viviana Schames e Karine Capiotti. As atrizes apresentaram esquetes e leituras dramáticas com textos de Clarice Lispector.
O espetáculo "7 vezes Clarice" está em fase de construção, terá direção de Cláudia Canedo e Karine Capiotti e tem o apoio do projeto Usina das Artes da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, SOMOS - Comunicação, Saúde e Sexualidade, Deynha Design e Bê Guedes.
O cantor e compositor carioca Jay Vaquer vem a Porto Alegre pela segunda vez, em única apresentação no Bar Opinião no domingo, dia 28 de junho.
Com quatro discos lançados, sendo o mais recente "Formidável Mundo Cão", Jay Vaquer traz um show renovado ainda no clima da gravação de seu primeiro DVD, no Vivo Rio em novembro passado, que deve ser lançado em breve.
A obra de Jay traz uma crítica direta com certa ironia e uma poesia contemporânea, sempre rodeada de personagens do nosso cotidiano.
O Quê: Jay Vaquer
Quando: Domingo - 28 de Junho - 21h30min
Onde: Bar Opinião, José do Patrocínio, 834 - Cidade Baixa
Ingressos: R$30,00 inteira e R$15,00 para estudantes
Antecipados: Café da Oca - João Telles, 512 - Bom Fim, no local e na Tele-entrega Opinião: (51) 8401-0104
Pimenta Buena esteve em Porto Alegre e deixou o tempero no ar.
Foram três apresentações com espaços e públicos diferentes, e a banda conseguiu cativar um público que se identificou com sua estética visual e musical.
Foram dois shows para poucos convidados, um na Usina do Gasômetro e outro na FNAC, fechando com uma noite muito estilosa no Café da Oca, com casa cheia, gente bonita, bom vinho, enfim, todo o clima que combina com o som da Pimenta Buena.
Além dos shows, houveram algumas apresentações na mídia, como no Programa Estação Cultura da TVE, Conversa de Botequim na FM Cultura, comentários sobre o CD no Cafézinho da Pop Rock e o programa Bibo Nunes na Ulbra TV (que você pode conferir clicando aqui).
As apresentações também resultaram em uma parceria com a FNAC, onde o CD está à venda.
Clique aqui e confira a crítica do jornal Zero Hora publicada no dia 19 de maio/2009.
Para quem é de Porto Alegre, o CD da banda Pimenta Buena pode ser adquirido através do email ariane_laubin@yahoo.com.br ou do telefone (51) 9256 3675. O valor é R$15,00.
Un poco de Pimenta Buena?
Créditos: cacalo/Divulgação
Caracterizada pela forte poética hispânica e a notável silhueta do seu instrumental, a banda Pimenta Buena aparece na cena world vestida de jazz e provida de pop, numa interessante troca de bagagens culturais, criada pelo groove dos brasileiros Daniel Finkler (baixo); André Chiesa (bateria); João Corrêa (guitarra); e a latinidade do uruguaio Vicente Botti (vocal).
Entre letras que assumem um enfoque intelectual e influências provincianas e cosmopolitas, que vão de Drexler à Paez e de Benson à Seal, apresentam uma proposta camaleônica carregada de fraseados eruditos e baladas marcantes que revelam sua contemporaneidade.
Numa atmosfera almodovariana, pimentas; rosas; velas e castiçais representam esse contexto afrodisíaco que contrasta com a estética fria e aconchegante das terras de Ramil. Foi ali, na requintada cidade de Pelotas que a Pimenta Buena se utilizou de peculiaridades locais para a criação de sua identidade visual, sutilmente afinada pelo design; a moda; as artes plásticas e a sétima arte.
O show: Entre suas composições "La dueña de la calle", "Fogatta", "La hija de la fortuna", e "Carneavale" tem ganhado destaque em rádios e em shows, enquanto, noutro enfoque, "Entre dos soledades" e "Tal cual", mostram a introspectividade e o ecletismo instrumental que a banda carrega.
Nas interpretações alheias se expandem por um mar de influências. Drexler; Paez; Ojos de Brujo; Sabina; Sumo; Doors; Rada; Jamiroqüai; Stevie Wonder entre outros...uma seleção pretensiosa que qualifica o show e introduz a cena world num ambiente genuinamente latino e americano; provinciano e cosmopolita.
Uma ótima festa de premiação, entrega de prêmios merecidos e justos, como o de Sandro Ka, que levou o prêmio de destaque em textos, catálogos e livros públicados, com o catálogo: Livro - Objeto de Desejo, de sua obra Relações Ordinárias.
Concorrendo entre grandes como Fundação Iberê Camargo, Santander Cultural e outros, o jovem artista arrebatou sua primeira estatueta.
Sandro Ka é um cínico. Irônico artista desalmado com nossas pobres ignorâncias de senso de humor e alheio à pobreza de nossos chistes jocosos, apenas sorri. Pequeno ordinário.
Cassiano Stahl
TMP: E pra você, o que é POP? Sandro Ka: Pop tem a ver com popular, aquilo que é do povo ou que tem apelo e fácil compreensão. Acho que também pode estar relacionado muitas vezes com afeto, coisas que gostamos sem saber direito por quê. Já foi nome de movimento artístico e hoje parece ser usado vulgarmente para definir qualquer coisa. O próprio POP ficou pop demais e perdeu um pouco da elegância. Hoje, e pensando na nossa realidade, acho que mais interessante os significados de POPULAR do que de POP. Acho que combina mais com nosso contexto.
TMP: Pra você, qual é o maior movimento cultural dessa década? E porquê? Sandro Ka: Desta? Acho que as aproximações e misturas das expressões artísticas com as novas mídias eletrônicas e digitais. Acho que é por aí. Mas ao mesmo tempo, vejo uma retomada às raízes, ao popular (olha ele aí), a uma certa simplicidade. Mas pode ser mais uma moda.... É o tipo de coisa que só dá pra saber quando a gente se afasta.
TMP: Em que situação você se sente (ou já se sentiu) realmente inserido na cultura popular brasileira? E porquê? Sandro Ka: Eu me interesso bastante pelo Universo do Cotidiano em minhas pesquisas artísticas. Objetos e imagens populares fazem parte do meu repertório. Gosto dos atributos visuais e de tudo que elas representam individualmente e coletivamente. Então, acho que sempre aparece um pouco disto nas coisas que faço.
TMP: Na sua opinião, a sua arte é de fácil aceitação popular? Porquê? Sandro Ka: Eu gosto de uma falsa impressão que acho que algumas obras passam: parecem simples. Mas sempre têm algo mais, se olhar mais fundo, se se permitir. Se for definir fácil aceitação popular pela receptividade do público, acho que é. Mas se for considerar o mercado, daí a lógica é outra..... Pelo menos no campo das artes visuais é assim.
TMP: Sugira um livro, um disco ou um DVD para os leitores? Sandro Ka: Isso parece pergunta para candidata à miss... (hehehe). Tenho ouvido algumas coisas bakanas do Ney Matogrosso e Secos e Molhados. Vou pelo momento... da MPB ao funk carioca, passando pelo eletro-rock... (hehehe)
TMP: Qual o proximo projeto de Sandro Ka, nas artes plásticas? Sandro Ka: Tenho experimentado algumas coisas em fotografia e retomado uns desenhos. Além disso, este é um ano de planejamento, artisticamente falando.
TMP: Qual o trabalho que você mais se orgulha de ter feito? Um trabalho seu do qual você mesmo seja fã. Sandro Ka: Gosto da série RELAÇÕES ORDINÁRIAS, que expus no Paço Municipal (Porto Alegre/Brasil) no ano passado. Foi um momento bastante especial.
TMP: Quais os artístas contemporãneos que você mais admira? E porquê? Sandro Ka: Lia Menna Barreto e Nelson Leirner são referenciais importantes pra mim. Procuro estabelecer relações com questões particulares da minha produção. Ambos trabalham com objetos, mas de modos diferentes. Existe uma transformação nestes elementos feita com bastante maestria. Sou fã. Sandro é artista plástico e designer gráfico. Suas principais exposições individuais foram Relações Ordinárias e Vitrine. Ao lado de outros artistas participou de projetos como: Essa POA é BOA (Porto Alegre, RS/2007), Mostra Santo Antônio (Salvador, BA/2007), VIII Bienal do Recôncavo Bahiano ( São Félix, BA/2006), 19o Salão RBS do Jovem Artista (Porto Alegre, RS/2006) entre outros.
Toni Costa é arranjador, compositor, instrumentista e intérprete. Já trabalhou ao lado de artistas como Gal Costa, Luiz Melodia, Maria Bethânia, e muitos outros. Hoje forma a banda Moinho, ao lado de Lanlan e Emanuelle Araújo.
TMP: E pra você, o que é POP? Toni: A palavra POP originou-se de um movimento nas artes plásticas no final da década de 60, de lá pra cá POP tomou vários significados. Eu considero POP tudo, da embalagem de um chiclete até formas de expressão, da forma de um automóvel até a maneira de se vestir. O PAPA é POP.
TMP: Pra você, qual é o maior movimento cultural dessa década? E porquê? Toni: Olha só, eu não enxergo nenhum movimento cultural nessa década, o que eu vejo são movimentos sociais que trabalham com cultura, nesse aspecto grupos como Afroreggae daqui do Rio fazem um grande trabalho.
TMP: Em que situação você se sente (ou já se sentiu) realmente inserido na cultura popular brasileira? E porquê? Toni: Eu trabalho com música compondo, arranjando e tocando há mais de trinta anos, tendo prestado serviços para artistas que fazem parte da história da música brasileira. Já tive música minha, arranjo meu, solo meu executados por todos os meios de comunicação da nossa terra. Sou um artista brasileiro.
TMP: Na sua opinião, a sua arte é de fácil aceitação popular? Pq? Toni: Completamente, todo conhecimento teórico adquirido, umas das bases para a formação de um músico profissional, tem que estar em harmonia com o mundo a sua volta. Portanto não acredito em musica ''não popular', a expressão tem que ser honesta, se for, será absorvida.
TMP: Sugira um livro, um disco ou um DVD para os leitores. Toni:Jimi Hendrix - Cry of love Miles Davis - Kind of blue João Gilberto - Amoroso
TMP: Qual o disco que você mais se orgulha de ter arranjado? Aquele disco ou música que te faz encher o peito pra dizer pra ti mesmo "fui eu que fiz". Toni: Eu gosto de um disco do Caetano chamado "Caetano", que tem "Eu sou neguinha",'' Fera Ferida " e "Vamo cumê", tem umas coisas bem legais em termos de concepção arranjo. Gosto também do arranjo da música "A sorte Muda", parceria minha com o Chacal, que tive a sorte de contar com a participação da Cássia Eller, está no meu CD do mesmo nome.
Hoje Toni Costa está preparando seu novo CD, e participou de uma faixa do CD do Pedro Quental, cantor do Monobloco, tocando violão numa parceria entre os dois.
Apesar da pouca idade e tempo de carreira, Mallu já é uma personalidade da música brasileira, mas com um pouco de jeitinho aqui e ali, o TMP conseguiu coletar algumas opiniões da guria.
E é assim: Quem pode, pode! E a guria prodígio do folk tem como produtor Mário Caldato Jr., que produziu discos de bandas como Beastie Boys, Beck, Jack Johnson, Marisa Monte, Vanessa da Mata e Marcelo D2. De acordo com o G1, Mallu fará uma gravação no estilo antigo. Mesas de som do antigo estúdio Abbey Road, que eternizou os Beatles, serão usadas nas sessões de gravação, e ainda os instrumentos serão captados também por microfones raros. Nenhuma outra banda brasileira teve esse privilégio.
TMP: E pra você, o que é POP? Mallu:Boa pergunta, o que é?
TMP: Pra você, qual é o maior movimento cultural dessa década? E em que situação você se sente realmente inserida na cultura popular brasileira? Mallu: Então, não sei. Eu faço minha musica. Só sei que eu sou eu e o resto tento não catalogar.
TMP: Na sua opinião, a sua arte é de fácil aceitação popular? E Porquê? Mallu: Nomear é colocar limites. S’eu nomeasse assim minha arte, arte minha não seria. Seria só nome.
TMP: Sugira um livro, um disco ou um DVD para os leitores.
Mallu: Songs for east german accodion (what capitalism was)
TMP: Quais os artistas brasileiros (não só da música) que você mais admira? E porquê? Mallu: Aqui no Brasil eu tiro o chapéu para toda a turma da Tropicália, desde o Tom Zé até o Caetano, Gilberto Gil, Mutantes... Elis, João Gilberto... aí entra um pessoal como o Cazuza...e a Ceumar, o Vanguart, Los Hermanos...
Um dos melhores e mais versáteis instrumentistas brasileiros. Atualmente está compondo a banda de Zeca Baleiro
Conheci o Fernando Nunes depois de um show da Cássia Eller aqui em Porto Alegre, em 2001. Depois disso comecei a notar que seu nome estava quase sempre na ficha técnica dos CD's e DVD's que eu mais curtia, então ao criar esse sítio era certo que procuraria o Fernando para trazê-lo pra cá. Aqui está!
TMP: E pra você, o que é POP?
F. Nunes: Bem, o POP é tudo aquilo que facilmente cai no gosto popular. Hoje falando de música, você pode constatar festas ou shows em que se misturam todas as classes apreciando o mesmo tipo de música sem distinçåo de cor e raça. No Brasil os exemplos são o Samba, o Forró, o Rock, o Funk, esses são estilos bem pops no Brasil.
TMP: Pra você, qual o maior movimento cultural dessa década? E porquê?
F. Nunes: Falando de Brasil, nessa década temos um grande exemplo que é a Banda Calypso de Belém do Pará. Eles conseguiram criar um mercado independente de venda de CDs e DVDs que começou pelo Norte do Brasil e se alastrou pelo país inteiro, vendendo milhões, tocando um ritmo brasileiro do Norte, a "Guitarrada", derivada do Carimbó que até então era só conhecido nos arredores do estado. Isso sim é movimento cultural genuíno!
TMP: Em que situação você se sente realmente inserido na cultura popular brasileira? E porquê?
F. Nunes: Sempre participei de movimentos culturais, pois sou Alagoano e desde criança dançava os folguedos da minha terra como o Côco de Roda, o Guerreiro, o Pastoril, etc...Todas essas são danças folclóricas de Alagoas. Quando entrei na adolescencia, começei a tocar e gravar e continuei participando, só que como músico nos discos de Alceu Valença, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Moraes Moreira, Ednardo (os nordestinos) e Cássia Eller, Nando Reis, Zeca Baleiro, Ivan Lins, Beto Guedes, ( esses do sudeste). É assim que me sinto inserido na cultura do meu país.
TMP: Na sua opinião, a sua arte é de fácil aceitação popular?
F. Nunes: A Música é quase unânime nesse sentido. Até agora não conheci nenhuma pessoa que não goste de música, dizem poraí que existe. (risos)
TMP: Sugira um livro, um disco ou um DVD para os leitores.
F. Nunes: Aí vai o disco que revolucionou a cultura POP mundial: "Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band" dos Beatles.
Fernando Nunes estuda publicidade, é produtor musical e tem duas bandas de música instrumental (Coffee Breakers e FLENKS).
Além dos artistas citados acima, participou de vários discos e DVDs de grandes artistas como: Caetano Veloso, Rita Lee, Erasmo Carlos, Oswaldo Montenegro, Nelson Gonçalves, Luiz Caldas, Margareth Menezes, Xitãozinho e Xororó, Sandy eJunior, e também tocou um com Jimmi Page em Salvador.
"Tive a sorte de acompanhar quase toda a carreira de uma das maiores cantoras que o Brasil teve, Cássia Eller, no qual tenho muita saudade. Resumindo, só tenho que agradecer aos deuses e anjos da Música que me porporcionaram momentos e encontros inesquecíveis na vida de qualquer músico."
Péricles Cavalcanti - 61 anos - Músico e compositor
O Rei da Cultura, exatamente como intitula seu mais recente disco.
Quando Péricles gentilmente aceitou meu convite para fazer parte desse trabalho tive uma sensação de alívio ao poder saciar diretamente da fonte curiosidades minhas sobre duas de suas músicas.
TMP: Eu como uma Porto Alegrense preciso saber, porque a música se chama "Porto Alegre"?
Péricles: A canção é baseada em episódio da Odisséia, em que o herói, Ulisses, depois de errar pelos mares, encontra um ”porto” na ilha de Calipso, onde permanece vivendo maritalmente com a ninfa (Calipso), por muitos anos. A canção presume que este porto foi bastante alegre para este viajante, se não ele não ficava lá tanto tempo, não é?
E Adoro a sua cidade, Porto Alegre, e quis fazer uma homenagem à ela e, também à minha amiga porto-alegrense, Adriana Calcanhotto.
TMP: Conheci teu trabalho com a música "Eu queria ser Cássia Eller", de onde e em que momento veio a brilho pra'quela música? Péricles: Como já contei em outras entrevistas, esta canção me foi encomendada por Waly Salomão a partir do momento em que ele soube que eu tinha feito uma brincadeira elogiosa à própria Cássia Eller (depois de um show dela que Waly dirigira) dizendo: "Sabe Cássia, se eu fosse um outro artista, queria ser Cássia Eller”. Foi assim.
TMP: E Pra você, o que é POP? Péricles: Há inúmeras teorias e opiniões sobre esta questão: "o que é POP?” e todas as consequências disso. Gosto daquela canção dos "Engenheiros do Havaí”, feita ainda no tempo de João Paulo II, que diz: "O papa é pop e o pop não poupa ninguém”.
TMP: Pra você, qual é o maior movimento cultural dessa década? E porquê? Péricles: Em música "popular”, aqui no Brasil, não há, nesta década, nenhum movimento, como foi, por exemplo, "O mangue beat”, pernambucano, nos anos noventa do século passado. Há sim, trabalhos interessantes como, por exemplo, a brilhante fusão de Hip Hop e Samba realizada nos discos solo de Marcelo D2 (especialmente em "À procura da batida perfeita”; os discos do grupo carioca + 2 (Moreno, Domênico e Kassin); as novas cantoras-compositoras como Vanessa da Matta e Céu, entre outras; os novos grupos de Rock, como o da baiana Pitty e o gaúcho Cachorro Grande.
TMP: Em que situação você se sente realmente inserido na cultura popular brasileira? E porquê? Péricles: Acho que eu faço parte deste amálgama cultural em que vivemos e me sinto igual a qualquer um que esteja começando, embora já tenha mais de trinta anos de carreira. Procuro sempre ficar sintonizado como o que está acontecendo ao meu redor e, nos meus discos, "conversar”, com a música popular contemporânea (de qualquer parte do mundo), tanto que sei que meu mais recente disco, "O rei da cultura”, de 2007, é, até agora, o meu melhor disco.
TMP: Na sua opinião, a sua arte é de fácil aceitação popular? Péricles: Quando componho e gravo não tento super-estimar nem sub-estimar o meu "ouvinte” potencial. Acredito que sofisticação. originalidade, informação nova, fidelidade à alguns gêneros musicais (como o Samba, o Blues e o Bolero), transcendem esta "fronteira” entre "gosto popular” e "gosto erudito ou experimental”. Gosto de música que pode ser considerada, ao mesmo tempo, simples e complexa, tradicional e inovadora, lírica e dançante e, principalmente, profunda e bem-humorada.
TMP: Sugira um livro, um disco ou um DVD para os leitores. Dois livros - "Ary Barroso”, biografia do grande compositor escrita por Sérgio Cabral. E "Tim Maia”, escrito por Nelson Motta.
Um CD - "Ben” , de Jorge Ben (hoje Benjor), Universal, 1971. Neste disco tem tudo e muito mais do que eu disse na resposta anterior.
Um DVD - "A música maravilhosa de Thelonious Monk” (Straight, no chaser), biografia com imagens incríveis do compositor tocando e conversando (ou em aeroportos), além de muitos depoimentos. Há uma edição brasileira deste DVD.
Péricles está em estúdio gravando seu novo disco com previsão de lançamento para 2010 e está na estrada com o show "O Rei da Cultura". O novo single "Executiva (metendo os peitos)" foi lançado apenas para internet, no UOL megastore. Atualmente tem tido suas canções gravadas por Adriana Calcanhoto (sua principal intérprete) e Arnaldo Antunes.
A Pimenta Buena faz um som peculiar, mistuando as raízes musicais brasileira e latina, e se define como "Picante, pero sabroso". TMP: Pra você, o que é POP? Vicente: O conceito mudou desde a época beat e o vanguardismo de warhol, hoje, o pop é tudo aquilo que consegue ser absorvido por diversas camadas culturais.
TMP: Pra você, qual é o maior movimento cultural dessa década? E porquê? Vicente: A internet, pois espalhou todos os fenômenos culturais descentralizando-os de suas orígens e criando as infinitamente atômicas comunidades. Acredito que o futebol seja o maior movimento cultural real.
TMP: Em que situação você se sente realmente inserido na cultura popular brasileira? E porquê? Vicente: Hoje na literatura, estou finalizando um livro de crônicas e gastronômia. No passado realizei eventos ligados ao turismo e a música, entre eles um bloco carnavalesco e um trabalho científico de pesquisa sobre o carnaval Pelotense. Também atúo na música, e embora meu principal projeto seja a música latina, os músicos que dividem comigo a banda, empregam suas influências trazidas da mpb.
TMP: Na sua opinião, a sua arte é de fácil aceitação popular? Vicente: Sim, pelo interesse da cultura latina não só no mundo, mas principalmente no Brasil, temos os exemplos de Drexler; Moska; Johansen; Lenine; Bajofondo. esse intercâmbio que o mercosul proporcionou.
TMP: Sugira um livro, um disco ou um DVD para os leitores. Vicente: Um Livro - "Música, Ídolos e Poder, do vinil ao download" de André Midani Um CD - "Pimenta Buena" (lançamento previsto para maio). Um DVD - "A Vida é um Sopro", video documentário de Oscar Niemayer
No mês de março, a artista Lia Menna Barreto abrirá o ano de exposições da Subterrânea, comemorando seus 25 anos de trabalho com bonecas. Para realizar esta mostra, a artista precisa do maior número possível de cabeças de bonecas.
Contamos com as suas doações.Para doar suas bonecas velhas em prol da arte, entre em contato com o Atelier Subterrânea pelo email: ateliersubterranea@gmail.com.
Sorteio da Subterrânea
Comprando rifas a R$ 5,00 você concorre, por sorteio, ao trabalho "Tira de Sapos" (4.8 m), que integra a série "Fábrica", produzida na IV Bienal do Mercosul, 2003, por Lia Menna Barreto. Os bilhetes numerados encontram-se à venda no atelier subterrânea ou pelo email ateliersubterranea@gmail.com. Também estarão disponíveis no dia da abertura da exposição, a partir das 19h, no local.www.subterranea.art.br